Então, lá vamos nós. Eu,
a motinha (fiel companheira) e uma roupa ridícula que minha mãe me deu para
chegar até lá; calça e blusa de plástico.
Na estrada, não preciso nem de muitos detalhes para
descrever a situação – Vento, chuva e os caminhões (os maiores inimigos dos
motoqueiros).
Chegando à cidade, parei para retirar o meu traje de
plástico. Porem, logo que estacionei a moto, veio um pequeno menino do meu lado
mediu-me dos pés a cabeça e disse para a sua mãe: “MÃEEE! Olha que legal esse roupa!”.
Rapidamente pensei “O
que? Será que eu ouvi direito?! Legal? Legal, porque não é você que viajou 1
Hora de moto neste frio, com uma chuva tão gelada que nem sinto mais meus dedos!”
Entretanto, imediatamente, Deus me lembrou de Mateus 18.1-5 “Naquele momento os discípulos chegaram a Jesus
e perguntaram: "Quem é o maior no Reino dos céus? "Chamando uma
criança, colocou-a no meio deles, e disse: "Eu lhes asseguro que, a não
ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino
dos céus. Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no
Reino dos céus.”
Todo o meu orgulho em se sentir ridículo com uma roupa feia,
era tão distinto para uma criança despreocupada. Talvez ela imaginasse um
astronauta com um capacete e andando de um jeito estranho, porque na verdade
ela estava despreocupada com tudo (chuva, e vento) e todos (aquele homem
vestido de roupa “Legal”). A vida para ela é extremamente simples.
Aquela criança que Jesus chamou poderia estar brincando com
os seus amiguinhos de futebol de rua (claro que eu sei que futebol não existia
naquela época). Mas agora, ela esta no centro
de doze homens que estavam disputando o melhor lugar possível e Jesus, o
Senhor do Reino dos Céus.
E para piorar a situação, Jesus diz para aqueles homens se
eles desejassem pisar (entrar) no Reino dos Céus deveriam mudar de
caminho (se converter) e se tornar igual a essa criança, provavelmente, suja e
descalça.
Quando se trata da situação da criança, procuro alguém de
“peso”, segundo D. A Carson “A criança é
levada como um ideal não de inocência, pureza ou fé, mas de humildade de mente
(v. 4) não a infantilidade de pensamento. Essa humildade é acompanhada da
confiança semelhante à da criança.”.[1]
Homens e mulheres que são discípulos de Jesus devem desejar Humildade de mente. Não o desejo de ser
o melhor em tudo e em todos os momentos, assim como os discípulos (Quem é o
maior no Reino dos Céus?). Mas em ser muito parecido com uma criança.
Você já observou o relacionamento de uma criança com o pai?
O pai à pega nos braços e a roda várias vezes, e ela sorri. Logo, ele sobe a
pequena criança em uma muretinha e faz um pedido – Pula Filha! – Sem pensar
duas vezes, com um salto ela se encontra de novo carregada pelo pai. Isso
acontecesse por várias vezes. E sempre ela grita – De novo! De novo! Mais uma
vez, pai!
Esta menina está desfrutando um grande momento com o pai.
Grande alegria está na simplicidade de se atirar nos braços do pai. Ela não
deseja nada mais valioso ou mais prazeroso que este momento. Porque em sua
mente paira uma única coisa, humildade de
mente.
A oferta de Jesus para seus discípulo é de se tornar igual
aquela criança. E quais são os benefícios disso? Entrada no Reino dos Céus, que
é uma consequência e não um meio para se tornar igual à criança. Só a partir do
momento que se tornarem igual aquela criança é que desfrutaram plenamente de um
relacionamento humilde e dependente do Senhor do Reino, Jesus Cristo o único
que é grande!
Nós seremos transformados pelo Senhor do Reino todos os
dias, porque não são os discípulos que mudam de caminho, mas Cristo que estava
mudando o caminho deles, de homens ambiciosos para “crianças” com uma humildade
de mente.
Minha Oração é que sejamos eternamente como Crianças.
[1] CARSON, D.A. O comentário de
Mateus / D.A. Carson ; tradução Lena Aranha & Regina Aranha. – São
Paulo : Shedd Publicações, 2010. P.464
2 comentários:
Fascinating, that every day God renew in us the desire to be children forever!
Sabias palabras de mi hermano!
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