sábado, 6 de abril de 2013

Escravo das Orelhas furadas!


A carta aos Romanos é uma grande exposição do plano redentor de Deus de forma completa. Paulo expõe a importância de sabermos que éramos alvos da ira do Deus criador. Afinal, todos pecaram e precisam da glória de Deus, e sem a intervenção de Deus nada se pode fazer. 
No entanto, o Deus que estava irado, e é Justo e Santo, agora justifica aqueles que necessitavam da sua glória, vindo ao mundo e se fazendo justiça em favor daqueles que não mereciam. Jesus em uma cruz carregando os pecados de homens e mulheres, e muitos mais do que isso, carregou sobre si a ira de Deus e o abandono do Pai.
Diante dos primeiros capítulos da carta, após relatar sobre essa graça (favor imerecido), surge uma pergunta: “Então, Já que fomos libertos do pecado, pela graça, podemos pecar?” (Romanos 6 .1) “Deus me livre!” é a resposta de Paulo, uma vez libertos do pecado, não voltem a pecar. Em outras palavras, fomos libertos do pecado, e feitos Escravos da justiça.
A pergunta em jogo neste capitulo não é: “Será que estou me tornando um escravo da justiça?”, mas “De quem eu sou escravo?”. Como disse Paulo Não sabem que, quando vocês se oferecem a alguém para lhe obedecer como escravos, tornam-se escravos daquele a quem obedecem: escravos do pecado que leva à morte, ou da obediência que leva à justiça?” (Romanos 6.16). Instrumento da justiça de Deus, ou da desonra de Deus?
Minha Pergunta a você neste artigo é: Quem é Você? Diante desta pergunta, qual é a primeira resposta que te vem à mente? Acredito que você me responderia: “Bom, eu sou um estudante!” “Ah... eu sou um funcionário publico!” “Eu sou isso!”  “Eu sou aquilo!”, mas será que você me responderia com toda a sinceridade de coração “Eu sou um escravo!”.
Tenho uma definição sobre escravo: “Primeiramente é aquele que pertence por completo ao seu dono e cuja vida toda é moldada pela vontade do seu mestre.” Poderia ser definido desta forma em relação a Jesus como seu mestre?
O cristianismo nos aponta duas formas de viver a vida: Primeira, totalmente escravos do pecado. Sendo assim, posso me identificar como alguém preso às minhas tentações, atolado por pensamentos ruins, cheio de desejos enganadores e uma mente obstinada a pecar.
Segunda, viveremos como pessoas que foram escravas do pecado, no entanto, hoje, reconciliadas com Deus. Deus interveio em nossas vidas e nos amou, quando éramos os mais indignos de bondade e graça, e muito menos amor. Dignos, somente, da ira e vergonha de nós mesmos. Hoje, libertos do Pecado, escravos da justiça. 
Em Êxodo capitulo 21.2-6 Diz: "Se você comprar um escravo hebreu, ele o servirá por seis anos. Mas no sétimo ano será liberto, sem precisar pagar nada.
Se chegou solteiro, solteiro receberá liberdade; mas se chegou casado, sua mulher irá com ele.
Se o seu senhor lhe tiver dado uma mulher, e esta lhe tiver dado filhos ou filhas, a mulher e os filhos pertencerão ao senhor; somente o homem sairá livre.
"Se, porém, o escravo declarar: ‘Eu amo o meu senhor, a minha mulher e os meus filhos, e não quero sair livre’,
o seu senhor o levará perante os juízes. Terá que levá-lo à porta ou à lateral da porta e furar a sua orelha. Assim, ele será seu escravo por toda a vida.”
Essa é a narrativa sobre a lei perante um escravo. Acredito que quando compreendemos o evangelho de Cristo e nos rendemos ao seu amor, vivenciamos algo parecido com a declaração de um escravo de orelhas furadas: “Eu amo o meu Senhor! Amo tudo aquilo que ele me ofereceu! Prefiro, mil vezes, ser escravos do meu Senhor do que ser livre! Podem furar as minhas orelhas, será como marca da minha servidão eterna ao meu mestre, o Eterno.”

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